I
De oitenta, para noventa
Uma nova história surgiu,
O planalto apareceu e o passado sumiu.
II
O povo ainda acanhado,
Sem rumo e sem direção
Por que não sabia quase nada,
O que fazer até então.
III
Aqui nada se tinha
Nem estrada e nem transporte
Educação também não havia
O povo era entregue a sorte.
IV
Mas como é conhecido, um dito popular,
Quando falta terra de Deus, Maria vem completar,
Foi isso que aconteceu em um belo dia ao raiar.
V
Uma senhora docente de coração varonil
Juntou a população, planejaram
Fundaram uma escolinha infantil.
VI
Essa escolinha passou
Por muitos altos e baixos
Andava de léu em léu quase que chega ao fracasso,
Mas pela fé transformou-se
Em Saul Gomes de Matos.
VII
Aqui onde eu moro
Só tem cabra da peste,
Enfrenta até touro valente, que dá chifrada na gente
Mais fica com raiva
Quando descobre que a mulher não é coisa decente.
VIII
A mulher também tem seu lugar
Na região onde vivo
Só tem mulher corajosa que vive a trabalhar
Quase que o homem não aguenta, por que é sempre machão
Difícil é sustentar uma mulher com o coração.
IX
Minha terra é pequenina, fica aqui no Ceará.
No interior de Caucaia, é aqui o meu lugar
Lugar que todo mundo progride, venha então nos visitar.
X
Aqui também tem sertanejo
Valente feito trovão,
Daquele que cedo faz o cultivo no chão
Também tem fazendeiro
Dono de terra e plantação.
XI
E a minha terra assim
Pequena quase desconhecida
Mas é querido por mim
E pelo povo da vila.
XII
Lugar bom de se viver
Todo homem tem seu pão
Aqui tem paz e lazer
E tem muita educação.
Ramon Rodrigues Ferreira, aluno da
EEIEF Saul Gomes de Matos, Caucaia-Ce.
Texto
selecionado pela Comissão Julgadora Municipal da Olimpíada de Língua Portuguesa
Escrevendo o Futuro, na categoria Poema.
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